Óh indiferença,
Tu que para muitos és vingança
E para tantos outros és castigo
Não sejas meu carrasco
Me deixando neste laço
De dor e de furor
Para o outro, podes até ser escape
Mas para mim
Não passas de um aperto
Um engasgo que sem jeito
Vai matando devagar
Me deixando sem o ar
E sem ter como respirar
Peço pra você não me culpar
Por voltar a te falar
Que eu não sinto o que tu sentes
Pois de tão diferente
Tem sido um muro entre a gente
A vida que estamos a levar
Não sei como ou onde encontrei
Um sentimento tão venenoso
Com esse jeito tão teimoso
Que insiste em ficar
Meu coração não quer largar
E a minha garganta à apertar
Me deixando sem o ar
E sem ter como respirar
De você, indiferença,
Procuro o antídoto,
embora eu saiba que este está muito difícil de encontrar
Eu peço, se por aqui for continuar
Me mate logo, por favor, pra isso tudo acabar
Pois desse jeito é muito pior
O sofrimento que vai matando devagar