nunca chorei cortando cebolas...
nem tão pouco chorei quando minha avó e alguns dos meus tios e tias morreram.
me lembro muito bem, que com apenas 10 anos de idade, no velório de minha própria mãe, derramei apenas 3 lágrimas.
as exatas 3 lágrimas.
me chame de monstro! (pfv)
sem cordialidade, se quiser...
durante o alvorecer da minha juventude, chorei algumas vezes, por coisas e pessoas que não valeram mais que 1 lágrima.
tomei a decisão de não chorar mais.
ergui muros, paredes...
quase uma fortaleza, dentro de mim mesmo.
queria me proteger de sentimentos ruins e lágrimas.
lágrimas doem, apertam, causam um certo desconforto...
hoje, na verdade, penso seriamente em erguer muros para coisas boas e alegrias que têm me tornado frágil.
me chame de tolo ou louco! (isso é seu ponto de vista)
nunca chorei tanto na minha vida, como de uns tempos pra cá.
talvez Deus queira me pregar uma peça, quando arrancou sem mais nem menos os muros, e me faz emotivo e chorão, como uma criança sedenta.
é apavorante!
o alvorecer da juventude me deixa aos poucos,
talvez isso implique em alguma coisa também...
não quero me tornar um 'velho ranzinza',
mas pretendo tratar de mim mesmo e do meu mundo, com mais seriedade que nunca, a partir de agora.

'Nunca venceu, aquele que nunca lutou.
Pois bem: lute. Por que ficar parado, não vai fazer você ganhar a guerra.'

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Sobre a bagaça

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Escrever é mais que colocar palavras num papel. É tirar do mais profundo as emoções e dar-lhe forma, dar-lhe cor e brilho, tal qual bela uma pintura que pode ser apreciada e degustada.
Aqui você encontra de tudo, menos aquilo que está procurando ! -q?

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